Por que o Pacífico Norte é tão perigoso?

O Pacífico Norte é famoso por sua imensidão, ventos extremos e ondas gigantes que desafiam até os cargueiros mais modernos. Não por acaso, muitos capitães evitam a rota direta entre a Rússia e os Estados Unidos, preferindo caminhos mais longos — porém muito mais seguros. Descubra, a seguir, os motivos que fazem desse trecho do oceano um verdadeiro teste de resistência para qualquer embarcação.

Cargueiro enfrentando ondas gigantes no Pacífico Norte durante tempestade violenta

1. A imensidão do Pacífico Norte

O Pacífico Norte domina o mapa-múndi: ele é maior do que qualquer outro oceano, gerando distâncias de até 16 500 km entre dois pontos de terra firme. Esse isolamento extremo significa que, em caso de pane, resgate ou apoio podem demorar dias para chegar.

2. Ventos persistentes e tempestades violentas

Na região atuam ventos alísios e ventos de oeste sem barreiras geográficas, formando corredores de ar que aceleram a 120 – 160 km/h durante a temporada de tufões. Em 2024, por exemplo, o tufão Wener varreu Filipinas, Japão e Alasca, gerando prejuízos de US$ 20 milhões.

3. Ondas gigantes que aterrorizaram cargueiros

Quando ventos fortes sopram sobre centenas de quilômetros de mar aberto, transferem energia para a água e criam ondas de 3 m a mais de 30 m — as temidas rogue waves. Em 2020, o cargueiro ONE Apus perdeu 1 816 contêineres ao enfrentar uma tempestade dessas.

4. Correntes traiçoeiras e falhas mecânicas sem socorro

Além das ondas, correntes superficiais imprevisíveis testam a manobrabilidade dos navios. Entre Rússia e EUA, a embarcação pode ficar a milhares de quilômetros de qualquer porto — cenário crítico se ocorrer falha de motor ou colisão com detritos flutuantes.

5. Por que rotas alternativas são preferidas

Capitães costumam desviar para próximos do Alasca, Canadá e Havaí, onde bases como Guam e Ilhas Midway oferecem suporte rápido. Esse desvio aumenta o tempo de viagem e o gasto de combustível, mas reduz drasticamente o risco de acidente fatal.


Conclusão

Mesmo com tecnologia de ponta, quem atravessa o Pacífico Norte encara ventos devastadores, tufões, ondas gigantes e um isolamento que transforma qualquer pane em potencial tragédia. É por isso que as rotas marítimas comerciais preferem contornar a região: no oceano mais vasto do planeta, a segurança ainda fala mais alto que a velocidade.

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